Sexta-feira de carnaval.
A chuva cai no asfalto embebido em álcool de uma noite de orgias e gozos na capital baiana. Alguns encontros.
E em um deles, na minha extrema euforia, salto da espuma acolchoada às 06:30 da manhã deparando-me com a história do escasso documentário War Photographer, ao qual passo o resto do dia em busca.
O documentário narra a história do fotógrafo de guerra James Nachtwey e unindo o trailer às fotografias dá para entender o motivo porque um outro fotógrafo (amigo meu..), que também descobri nessa languida manhã, o francês Rodolphe Simeon, tanto se frustrou ao ponto de passar a nos presentear com o seu vívido trabalho - ( falarei do Rod em post acima).
O filme trata assim de dores, horrores e quem sabe odores, de guerras ocorridos nos últimos 20 anos e que estão espelhadas pelo mundo, longe do que nossas vistas possam alcançar.
De fato nem poderei como gostaria, de discorrer mais sobre ele, uma vez que não consigo baixá-lo e tenho fé, a fé própria do espírito carnavalesco, que não o encontrarei facilmente na locadora da esquina de casa.
Eu sei ! Eu sei que a trajédia vem faturando e dando o que falar, a relação dor, arte e ego é altamente pertinente, mas não seremos hipócritas em perceber que é uma bela fotografia, desde que afastada das nossas casas e dos nossos filhos. De qualquer forma existem as outras nuances, a de quem pensou, a de quem pagou e a de quem assisti. Eu prefiro ficar com a de quem pensou, tenho compaixão e compreendo a iniciativa. Não falaremos mais sob essa perspectiva.
Ou seja e como diria a frase de abertura do filme: "se as imagens não são boas o suficiente, você não está perto o suficiente ..." "(If your pictures aren´t good enough, you´re not close enough…)".
obs. prometo que assim que eu consiguir invadir o pequeno souto da Renata posto falando sobre a minha emocionante experiência.
Fiquem com o trailer e se ele for o suficiente...
da redação Diane Lima.
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