quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Radar

Futuro próspero !


Notícia de 2005 é animadora para o mercado de moda baiano !



O novo pólo têxtil de 600 mil empregos.

Os detalhes do projeto da Braskem e da Vicunha para levar milhares de tecelagens e confecções para o Pólo Petroquímico de Camaçari.

Por joaquim castanheira, de camaçari (BA).

Primeiro, foi um pólo petroquímico que colocou o município de Camaçari no mapa econômico do Brasil. Depois veio a Ford e ergueu ali uma de suas mais modernas fábricas no mundo. Agora, estão chegando os fabricantes de pneus, criando um núcleo da borracha. Mas nada superará em importância e impacto financeiro o projeto que um grupo de grandes empresas, liderado pela Braskem e Vicunha, está costurando para criar ali o maior pólo têxtil do Brasil. Nele, estarão presentes todos os elos de produção do setor, da fabricação de ácido tereftálico purificado (PTA) às confecções.

O investimento total bateria na casa de US$ 1 bilhão. É uma dinheirama, mas o que salta aos olhos é a geração de empregos: 600 mil novos postos de trabalho seriam criados em virtude do pólo têxtil. O passo decisivo para que o projeto saia efetivamente do papel foi dado na semana passada, quando o BNDES, em seu jargão particular, “enquadrou a carta-consulta” encaminhada pelas empresas. Em outras palavras, o banco considerou o projeto viável. Agora, as companhias têm cerca de 90 dias para apresentar o detalhamento técnico e financeiro do empreendimento. “De zero a dez, a possibilidade do projeto se concretizar é próxima de dez”, diz Sérgio Thiesen, vice-presidente de investimentos da Braskem. “Não vejo o que possa servir de obstáculo.”

A implantação do pólo têxtil seguiria algumas etapas:

1- Ampliação da capacidade da fábrica de paraxileno que a Braskem mantém no Pólo Petroquímico, o que exigirá um investimento de US$ 70 milhões.
2- Construção de uma planta para a produção de PTA, cuja matéria-prima é o paraxileno. Seria a etapa mais robusta do projeto, com investimento de US$ 350 milhões e controle dividido entre Braskem, Vicunha, Cobafi, Polienka, Fit e Petrobras.
3- Instalação de uma unidade de fabricação de filamentos industriais, uma parceria entre Vicunha, Fit, Cobafi e Polienka. O desembolso atingiria US$ 60 milhões.
4 -Montagem de uma fábrica de fibras têxteis de poliéster, cujos sócios seriam Vicunha, Fit e Polienka e BNDESpar. Coisa de US$ 260 milhões.
5- Com a matéria-prima garantida, seriam atraídas cerca de 700 tecelagens para Camaçari e municípios vizinhos. Elas utilizariam as fibras têxteis produzidas no Pólo Petroquímico e fibras de algodão do cinturão agrícola da Bahia. Hoje, o Estado colhe 700 mil toneladas de algodão cru, o que o coloca como quinto maior produtor do País
6- A presença das tecelagens atrairia, segundo cálculos das empresas, cerca de 3,5 mil confecções, que se instalariam não só na Bahia como em estados vizinhos. “É um projeto inteiramente integrado e com eficiência máxima, já que todas os elos da cadeia de produção estarão próximos”, afirma Djalma Machado de Souza, secretário de expansão econômica de Camaçari.



A Prefeitura de Camaçari daria sua parte de contribuição com a isenção de IPTU e ISS por um prazo entre sete e dez anos. Um protocolo entre as empresas e o Governo do Estado foi assinado para garantir incentivos fiscais e infra-estrutura básica para o projeto. As três primeiras fábricas (PTA, filamentos e fibras têxteis) seriam erguidas no próprio Pólo Petroquímico. Uma área de 600 mil metros quadrados já está reservada. “Ali já temos toda a estrutura pronta. Esse é um dos grandes atrativos do projeto”, afirma Thiesen.

O principal incentivo para as empresas têxteis vem da chamada ameaça chinesa. “Só com uma escala de produção mundial, será possível enfrentar a concorrência dos países asiáticos”, diz Thiesen. As conversas começaram há cerca de seis meses. O dinheiro virá tanto de recursos próprios das empresas (cerca de 30% do total), como de financiamentos externos e do BNDES (os outros 70%). Mas, diante da complexidade do projeto, ninguém acredita que ele saia do papel antes de dois ou três anos.


Fonte: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/427/negocios/216o_novo_pol.htm

Diane Lima.

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