quarta-feira, 23 de abril de 2008

Radar




TRANS
Exposição Fotográfica da estilista Carol Barreto.




Se moda é atitude e comportamento diferenciado, as travestis entendem do assunto porque redesenham as roupas e o corpo para construir a aparência desejada. As customizações no vestuário e a modificação corporal delas podem ser conferidas na exposição fotográfica TRANS; registros de um redesenho mútuo, da estilista Carol Barreto.

Em cartaz, a partir do dia 03/04 (quinta-feira), às 19horas, na Galeria Jayme Fygura, localizada no Teatro Gamboa Nova.

No trabalho, oito travestis apresentam seus próprios trajes utilizados no cotidiano e em ocasiões especiais, em poses que lembram modelos tarimbadas.
Para compreender as nuances do grupo quando o assunto é expressão sexual e moda, tema do seu mestrado, a estilista freqüentou durante um ano as reuniões da Associação das Travestis de Salvador (ATRAS) e construiu laços de afetividades com o grupo. Assim, deixou as retratadas mais à vontade na hora de contar suas histórias sobre os artifícios usados na construção da aparência.
O processo de “fabricação do feminino” é demorado, arriscado e precisa ser atualizado constantemente. Uma das modelos retratadas, Millena Passos, presidente da ATRAS, conta que toma hormônio injetável para aumentar os seios, diminuir a quantidade de pêlos no corpo e adquirir outras características de mulher. A rotina de beleza dela também inclui cuidar dos cabelos, manter as sobrancelhas alinhadas e as unhas em dia. Quando o assunto é roupa, ela prefere vestidos longos em cores escuras, entretanto, veste mais calças e blusas sociais por causa do trabalho. Para a recriação das roupas, ela contrata os serviços de uma costureira, e diz que costuma modificar o decote das vestimentas para valorizar os seios. Ao refletir sobre moda, Millena conclui: “a mídia coloca um padrão de beleza, mas a moda quem faz sou. Mesmo acima do peso, me acho sexy”.

Fonte: ibahia.com

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